O maior museu verde do mundo



fev 15, 20110 Comentáriospor Gilberto Junior
Nesta quarta-feira (16.02), o escritor e estudioso da evolução humana Neil Shubin faz palestra na Academia de Ciências da Califórnia. No bate-papo, Shubin revelará estudos de fósseis de peixes que de alguma forma se assemelham com partes do corpo humano. Esses assuntos relacionados à história natural estão sempre presentes na programação da Academia de Ciências – eleita em 2010, pela revista norte-americana Vanity Fair, como uma das cinco obras “verdes” mais importantes dos últimos 30 anos. Mas antes de ganhar o título, a academia passou por muita transformação.
Após um terremoto em 1989 as instalações da academia foram severamente danificadas. Os prédios foram condenados e o acervo guardado. Em 2000, um concurso internacional elegeu o projeto do arquiteto italiano Renzo Piano que propunha uma integração entre a Academia de Ciências e o seu terreno, o parque Golden Gate. Quase 10 anos e meio bilhão de dólares depois, a nova sede da academia foi entregue.
complexo reune três instituições tradicionais de São Franciso: o Steinhart Aquarium, o Planetário Morrison, e o Museu de Historia Natural Kimball, todos abrigados embaixo de um gigantesco telhado vivo de um hectare de área, plantado com 1,7 milhãode mudas de plantas nativas. Seu formato simula colinas e , visto do alto, se integra perfeitamente à paisagem.
Protegidos pelo telhado também estão em exibição uma floresta tropical, enclausurada em um domo de vidro, um pântano, (habitado por um raro um crocodilo albino), umobservatório astronômico, um recife de corais, um habitat para pinguins e umaexposição permanente sobre mudanças climáticas e o futuro da Terra.
A construção consumiu 15,000 m³ de concreto reciclado e 5000 toneladas de aço reciclado e foi feita usando a mais alta tecnologia em construções sustentáveis e reaproveitamento em soluções simples e eficientes. O uso de vidros de alta tecnologia e clarabóias que se abrem sozinhas contrastam com o isolamento térmico, feito de retalhos de jeans que iriam para o lixo. As enormes clarabóias e o uso intensivo de vidro criaram um ambiente em que 90% do office space receba iluminação e ventilação natural.
O compromisso com a sustentabilidade está presente em todas as faces do museu,desde racks para prender bicicletas e estações para recarregar veículos elétricos do lado de fora aos painéis solares instalados em seu teto. Tanta preocupação ambiental rendeu a Academia de Ciências da California certificação LEED mais alta, de platina, tornando ela o maior edificio público a ter esse selo e o museu mais “verde” do mundo.

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